Impasse nas negociações do aditivo com Santander
23/10/2016
Representantes do banco espanhol ainda não têm posicionamento sobre reivindicações dos trabalhadores que cobram melhorias
21/10/2016
Prosseguem sem avanços as
negociações entre a Comissão de Organização dos Empregados (COE) com a
direção do Santander sobre o acordo aditivo à Convenção Coletiva de
Trabalho (CCT).
Na quinta 20, os negociadores do banco não trouxeram respostas às
reivindicações dos trabalhadores, mesmo estando com a pauta desde maio.
Afirmaram apenas que voltariam a analisar temas do documento. Não há
data para nova rodada.
“Chegamos a um impasse, pois enquanto o banco não mostrar disposição
de atender nossas propostas não renovaremos o acordo”, afirma a diretora
executiva do Sindicato e coordenadora da COE, Maria Rosani.
Os dirigentes sindicais insistiram que os funcionários têm de receber
valores maiores que em anos anteriores pelo Programa Próprio de
Remuneração Santander (PPRS); que o valor das bolsas de estudos tem de
ser reajustado e que as metas sejam factíveis e não sofram alterações de
uma hora para outra.
Outro ponto considerado relevante pela COE é que o Santander volte a
considerar os filhos com idade de 21 a 24 como dependente do funcionário
no plano de saúde. De forma unilateral, o banco os enquadrou como
agregados, obrigando muitos bancários a retirá-los do convênio médico
devido ao alto custo financeiro.
“O Santander é o único entre os grandes bancos que tomou essa medida.
Verdadeira punição aos bancários que têm filhos nessa idade, pois não
conseguem arcar com essa despesa. Nossa reivindicação é que, comprovando
que estão estudando e desempregados, prossigam na categoria de
dependentes pelo convênio.”
Aposentados cobram abono – Outro ponto da negociação foi a
remuneração de cerca de 6 mil funcionários aposentados pelo Banespa.
Esse grupo tem assegurado em acordo que os resultados das campanhas
salariais sejam utilizados para corrigir os complementos de seus
benefícios.
Para o acordo deste ano, os bancos – entre eles o Santander –
propuseram o índice de 8% mais abono de R$ 3.500 para os salários. No
entanto, o banco espanhol se nega a pagar o abono aos aposentados.
“O Santander usou o regulamento quando aplicou o reajuste zero dos
funcionários da ativa aos aposentados no início dos anos 2000. Queremos
que o Santander utilize esse mesmo regulamento agora, garantindo a
equivalência salarial entre ativos e aposentados”, afirmou a diretora
executiva do Sindicato Rita Berlofa.
A dirigente reforça ainda que o movimento sindical está solidário aos
aposentados. “Caso o Santander não dê o mesmo tratamento aos
aposentados, estará configurado desrespeito a acordo. Fato que não vamos
admitir”, ressaltou.
Também participaram da negociação os representantes da Comissão
Nacional dos Aposentados do Banespa (CNAB), Sérgio Zancopé, e da
Associação dos Funcionários Aposentados do Banespa (Afabesp), Eros
Almeida.
Fonte: Seeb SP
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