Redução de empregados terceirizados no BRB: uma decisão questionável
08/10/2024
O BRB passou a adotar recentemente a prática de reduzir o número de empregados terceirizados responsáveis pela limpeza de suas agências. A decisão, que afeta diretamente a qualidade do ambiente de trabalho e o atendimento ao público, tem gerado críticas e preocupações entre os funcionários e a população.
Atualmente, o banco utiliza o critério proporcional de um auxiliar de limpeza para cada 800 metros quadrados. No entanto, em agências maiores, que possuem cerca de 900 metros quadrados, por exemplo, o número de auxiliares foi reduzido de três para apenas um. Essa medida, por vezes, foi justificada pela futura reforma de agência, mas a redução já foi implementada, causando sérios problemas operacionais de forma imediata, independentemente de alterações e mudanças posteriores.
Funcionários têm relatado a impossibilidade de manter a limpeza adequada com o número reduzido de auxiliares. A situação é agravada pelo fato de que a metragem considerada pelo banco não inclui áreas externas, como fachadas, DML externas e jardins, que também necessitam de manutenção. Além disso, há banheiros públicos na parte de trás de algumas agências que precisam ser limpos regularmente.
O banco justifica a redução com base em normas reguladoras (NR) e instruções normativas (IN), sem especificar quais seriam elas. Independentemente do embasamento, parece ignorar a prática consolidada ao longo dos anos, que garante um ambiente limpo e agradável tanto para os funcionários quanto para os clientes.
A redução de empregados terceirizados pode dificultar a abertura das agências, já que a limpeza precisa ser realizada antes das 11h, horário de abertura. Com a proporção atual de auxiliares, é praticamente impossível garantir a limpeza adequada de todas as áreas de atendimento.
Fica então o questionamento: qual é a real razão para reduzir esse tipo de despesa, que tem um impacto relativamente pequeno, frente a outras despesas realizadas sem o mesmo rigor de estudo e consideração? A decisão parece ser mais uma economia de palito, que compromete a qualidade do serviço e o bem-estar dos funcionários e clientes.
Da Redação
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