Migração do HSBC para Bradesco gera caos para funcionários e clientes
23/10/2016
Para o Bradesco, a fusão com o HSBC está
completa e bem-sucedida. A declaração dada aos meios de comunicação
nesta semana está no mínimo equivocada ao ser confrontada com a
realidade de caos nas agências, relatada por clientes e funcionários do
banco, desde o dia 8 de outubro, quando foi efetuada a migração de 5
milhões de correntistas que eram do banco inglês para o Bradesco.
Enquanto os clientes reclamam falhas nas
contas, inclusive para receber os salários, atraso na entrega de
cartões e dificuldades em acessar a internet banking, quem paga o pato
também são os funcionários. Bancários relatam que estão sem período de
almoço, realizando jornadas extenuantes, muitas acima de dez horas, com
sobrecarga de trabalho e vários outros problemas.
Diante do caos, a Contraf-CUT enviou
ofício ao Bradesco solicitando reunião com o banco, o quanto antes, para
discutir a incorporação e seus impactos. Mas ainda não houve retorno.
Carlindo Dias (Abelha), secretário de
Organização do Ramo Financeiro da Contraf-CUT e funcionário do Bradesco,
ressalta que o banco está implantado a fusão ‘a toque de caixa’ e que a
falta de planejamento adequado prejudica os bancários e os
clientes.“Estão chegando relatos que configuram exploração, com jornadas
desumanas e condições de trabalho inadequadas. E como só a pressão faz o
banco compreender a situação, faremos manifestações e paralisações em
todo o país denunciando o que vem acontecendo. O banco precisa
entender que um processo de fusão como este não pode ser feito desta
forma, levando os trabalhadores à exaustão. Aguardamos a resposta do
Bradesco, sobre o nosso pedido de reunião, o quanto antes. É urgente”,
reforça.
“É inadmissível que um banco do porte do
Bradesco não tenha até o presente momento resolvido estes problemas. O
que vem acontecendo com funcionários e clientes é um desrespeito.
Queremos nos reunir com o Bradesco ainda esta semana, dependendo apenas
do retorno do banco”, afirma Sérgio Siqueira, diretor da Contraf-CUT,
ex-funcionário do HSBC, atualmente no Bradesco.
Dirigentes sindicais relatam problemas encontrados em todo o país
Liliane Fiuza – diretora Sindicato de São Paulo
“Desde o início da migração está um
caos. As jornadas de trabalho não estão sendo respeitadas, chegando ao
cúmulo do funcionário de seis horas, dobrar a jornada, sem uma hora de
almoço. Todas as agências estão com filas imensas, pois os trabalhadores
não tiveram treinamento adequado, para atender clientes no sistema
Bradesco, gerando inúmeras dúvidas e muita demora nos atendimentos”.
Leuver Ludolff- diretor do Sindicato do Rio de Janeiro
“Funcionários estão com sobrecarga de
trabalho, gerando horas extras acima do permitido, uma verdadeira
loucura. Aqui no Rio, o Sindicato já fez uma denúncia na Delegacia
Regional do Trabalho, entramos em contato com o banco, que disse estar
tudo normal. Lamentável”.
Sonia Araújo - diretora do Sindicato de Blumenau
“Os bancários estão entrando às sete da
manhã e saindo às oito da noite em Blumenau, sem conseguir almoçar. O
sistema está caindo direto, há agências sem caixas, clientes com
atendimento de três horas de espera, o 0800 não funciona direito. São
muitas reclamações e problemas”.
Deonisio Schmidt – secretário-geral Fetec-CUT/PR
O clima no Paraná e em Curitiba é de
desespero, tanto funcionários como de clientes. As agências estão com
horário estendido das 08 às 17 horas. Funcionários com muita dificuldade
de uso do sistema, por falta de treinamento prévio e acesso com as
centrais de apoio. A jornada chega em muitos casos a 14 horas por dia. O
Sindicato de Curitiba ofereceu denúncia no MPT. Os bancários e clientes
que estão chegando não merecem tal recepção”.
José Brito- secretário de Imprensa do Sindicato de Campo Grande
“O banco não se preparou de acordo com o
tamanho do negócio e os funcionários acabam ficando o dia todo sem
almoço e extrapolando a jornada de trabalho. O que era para ser das 8h
às 17h, está indo além das 20h30. A mudança de sistema é precária,
causando estresse tanto nos funcionários quanto nos clientes. O Bradesco
desrespeita as leis trabalhistas fazendo alterações na jornada e nas
nossas conquistas, como o plano de saúde”.
Suzana Andrade da Costa- diretora do Sindicato de Pernambuco
“Forneceram um telefone de suporte para
cliente e para funcionários, ambos não conseguimos contato para resolver
os problemas. O NET empresas (antigo Connect banking HSBC), nem sempre
funciona conforme as instruções passadas. São muitas variáveis que
impedem o cliente em acessar. No NET empresas tem muita coisa que o HSBC
tinha, e o Bradesco não tem, deixando o cliente muito mais dependente”.
Euryale Brasil - secretário-geral do Sindicato de Rondônia
"Não podemos interferir nas questões
administrativas do Bradesco, mas essa transição desastrosa tem gerado
inúmeras situações de ataque aos direitos dos trabalhadores, como essa
sobrecarga de trabalho, extrapolação da jornada de trabalho e até mesmo
essa situação de constante pressão e estresse que pode causar o
adoecimento dos trabalhadores".
Elder Fontes Perez- diretor do Sindicato da Bahia
"O bradesco estendeu o horário para o
público geral, não apenas para os correntistas, isso agrava ainda mais a
situação. Muita gente dentro das agências e os trabalhadores tendo que
atender a várias demandas dentro de uma carga horária muito maior do que
a normal. O bradesco fez tudo de forma autoritária e arbitrária, sem
consultar os funcionários e sem avisar aos sindicatos. Um absurdo!"
Matéria atualizada às 16h19
Fonte: Contraf-CUT
Para o Bradesco, a fusão com o HSBC está
completa e bem-sucedida. A declaração dada aos meios de comunicação
nesta semana está no mínimo equivocada ao ser confrontada com a
realidade de caos nas agências, relatada por clientes e funcionários do
banco, desde o dia 8 de outubro, quando foi efetuada a migração de 5
milhões de correntistas que eram do banco inglês para o Bradesco.
Enquanto os clientes reclamam falhas nas
contas, inclusive para receber os salários, atraso na entrega de
cartões e dificuldades em acessar a internet banking, quem paga o pato
também são os funcionários. Bancários relatam que estão sem período de
almoço, realizando jornadas extenuantes, muitas acima de dez horas, com
sobrecarga de trabalho e vários outros problemas.
Diante do caos, a Contraf-CUT enviou
ofício ao Bradesco solicitando reunião com o banco, o quanto antes, para
discutir a incorporação e seus impactos. Mas ainda não houve retorno.
Carlindo
Dias (Abelha), secretário de Organização do Ramo Financeiro da
Contraf-CUT e funcionário do Bradesco, ressalta que o banco está
implantado a fusão ‘a toque de caixa’ e que a falta de planejamento
adequado prejudica os bancários e os clientes.“Estão chegando relatos
que configuram exploração, com jornadas desumanas e condições de
trabalho inadequadas. E como só a pressão faz o banco compreender a
situação, faremos manifestações e paralisações em todo o
país denunciando o que vem acontecendo. O banco precisa entender que um
processo de fusão como este não pode ser feito desta forma, levando os
trabalhadores à exaustão. Aguardamos a resposta do Bradesco, sobre o
nosso pedido de reunião, o quanto antes. É urgente”, reforça.
“É inadmissível que um banco do porte do
Bradesco não tenha até o presente momento resolvido estes problemas. O
que vem acontecendo com funcionários e clientes é um desrespeito.
Queremos nos reunir com o Bradesco ainda esta semana, dependendo apenas
do retorno do banco”, afirma Sérgio Siqueira, diretor da Contraf-CUT,
ex-funcionário do HSBC, atualmente no Bradesco.
Dirigentes sindicais relatam problemas encontrados em todo o país
Liliane Fiuza – diretora Sindicato de São Paulo
“Desde o início da migração está um
caos. As jornadas de trabalho não estão sendo respeitadas, chegando ao
cúmulo do funcionário de seis horas, dobrar a jornada, sem uma hora de
almoço. Todas as agências estão com filas imensas, pois os trabalhadores
não tiveram treinamento adequado, para atender clientes no sistema
Bradesco, gerando inúmeras dúvidas e muita demora nos atendimentos”.
Leuver Ludolff- diretor do Sindicato do Rio de Janeiro
“Funcionários estão com sobrecarga de
trabalho, gerando horas extras acima do permitido, uma verdadeira
loucura. Aqui no Rio, o Sindicato já fez uma denúncia na Delegacia
Regional do Trabalho, entramos em contato com o banco, que disse estar
tudo normal. Lamentável”.
Sonia Araújo - diretora do Sindicato de Blumenau
“Os bancários estão entrando às sete da
manhã e saindo às oito da noite em Blumenau, sem conseguir almoçar. O
sistema está caindo direto, há agências sem caixas, clientes com
atendimento de três horas de espera, o 0800 não funciona direito. São
muitas reclamações e problemas”.
Deonisio Schmidt – secretário-geral Fetec-CUT/PR
O clima no Paraná e em Curitiba é de
desespero, tanto funcionários como de clientes. As agências estão com
horário estendido das 08 às 17 horas. Funcionários com muita dificuldade
de uso do sistema, por falta de treinamento prévio e acesso com as
centrais de apoio. A jornada chega em muitos casos a 14 horas por dia. O
Sindicato de Curitiba ofereceu denúncia no MPT. Os bancários e clientes
que estão chegando não merecem tal recepção”.
José Brito- secretário de Imprensa do Sindicato de Campo Grande
“O banco não se preparou de acordo com o
tamanho do negócio e os funcionários acabam ficando o dia todo sem
almoço e extrapolando a jornada de trabalho. O que era para ser das 8h
às 17h, está indo além das 20h30. A mudança de sistema é precária,
causando estresse tanto nos funcionários quanto nos clientes. O Bradesco
desrespeita as leis trabalhistas fazendo alterações na jornada e nas
nossas conquistas, como o plano de saúde”.
Suzana Andrade da Costa- diretora do Sindicato de Pernambuco
“Forneceram um telefone de suporte para
cliente e para funcionários, ambos não conseguimos contato para resolver
os problemas. O NET empresas (antigo Connect banking HSBC), nem sempre
funciona conforme as instruções passadas. São muitas variáveis que
impedem o cliente em acessar. No NET empresas tem muita coisa que o HSBC
tinha, e o Bradesco não tem, deixando o cliente muito mais dependente”.
Euryale Brasil - secretário-geral do Sindicato de Rondônia
"Não podemos interferir nas questões
administrativas do Bradesco, mas essa transição desastrosa tem gerado
inúmeras situações de ataque aos direitos dos trabalhadores, como essa
sobrecarga de trabalho, extrapolação da jornada de trabalho e até mesmo
essa situação de constante pressão e estresse que pode causar o
adoecimento dos trabalhadores".
Elder Fontes Perez- diretor do Sindicato da Bahia
"O bradesco estendeu o horário para o
público geral, não apenas para os correntistas, isso agrava ainda mais a
situação. Muita gente dentro das agências e os trabalhadores tendo que
atender a várias demandas dentro de uma carga horária muito maior do que
a normal. O bradesco fez tudo de forma autoritária e arbitrária, sem
consultar os funcionários e sem avisar aos sindicatos. Um absurdo!"
Matéria atualizada às 16h19
Fonte: Contraf-CUT
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