Seeb/MT apoia greve dos trabalhadores da Educação
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Seeb/MT apoia greve dos trabalhadores da Educação

10/05/2019


O Sindicato dos Bancários de Mato Grosso (Seeb/MT) apoia a greve dos trabalhadores da Educação pública e privada que irá acontecer no dia 15, em todo o Brasil. Os bancários de todo o pais se juntarão aos profissionais da educação e estudantes. Em Cuiabá, o Ato será às 14h, na Praça Alencastro.

A paralisação é contra o corte de verbas para a educação, anunciado pelo Ministro da Educação, Abraham Weintraub, no dia 30 de abril, e contra a proposta desumana de Reforma da Previdência e servirá como "esquenta" para a greve geral marcada para o dia 14 de junho, contra a PEC 6/2019, como tramita a proposta de reforma da Previdência na Câmara.  

O anúncio de corte de verbas, feito pelo Governo Federal, determinou o bloqueio de 30% da verba destinada às universidades e institutos federais. A medida coloca em risco serviços básicos e impede a realização de pesquisas, projetos e serviços acadêmicos.  

Os impactos da decisão já podem ser sentidos. De acordo com dados levantados pela Consultoria de Orçamento da Câmara dos Deputados, o corte de investimentos compromete R$2,1 bilhões das universidades, R$ 860,4 milhões dos Institutos Federais e R$914 milhões da educação básica. 

A Universidade Federal de Mato Grosso publicou comunicado à população o Governo Federal bloqueou 30% das verbas destinadas à manutenção da instituição. Ou seja, um corte no orçamento do Campus de R$ 34 milhões, que impedirá serviços como abastecimento de água, energia elétrica, limpeza e segurança. 

De acordo com a nota publicada o bloqueio dos investimentos impede o desenvolvimento de obras e a compra de equipamentos utilizados em instalações como laboratórios e hospitais. 

Greve Geral

A paralisação é um “esquenta” para a greve geral, que será realizada pela CUT e demais centrais sindicais, no dia 14 de junho, em todo o país. 

Na data, serão realizadas assembleias, atos, mobilizações, panfletagens nas praças, nos locais de trabalho, nas ruas da cidade, com objetivo de explicar como a reforma da Previdência do governo de Jair Bolsonaro impactará na vida da classe trabalhadora.

COMUNICADO DA UFMT

MEC corta R$ 34 milhões da UFMT

 Esta semana, a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e as demais universidades públicas brasileiras foram surpreendidas com um corte extra de 30% em seus orçamentos para 2019, o que compromete nosso desempenho e avanço e nos leva à beira de um retrocesso inimaginável.
 
As universidades federais são órgãos da administração federal responsáveis pela oferta de educação superior em todas as áreas de conhecimento. Na UFMT, são 113 cursos de graduação, sendo 108 presenciais e 5 na modalidade a distância (EaD), em 33 cidades mato-grossenses: 5 Câmpus e 28 polos de EaD. Ofertamos também 66 programas de pós-graduação: mestrado e doutorado. No total, são 25.435 mil estudantes geograficamente distribuídos em todas as regiões de Mato Grosso.

Além da quantidade e da amplitude das vagas disponibilizadas pelas universidades públicas brasileiras, outro dado que chama a atenção é a qualidade. Quando consultamos o ranking geral da Folha de São Paulo, das 50 universidades melhor posicionadas 43 são públicas. Das 10 melhores, todas são públicas. Além do ensino de qualidade, o que faz a diferença nestas instituições é o desenvolvimento da pesquisa e extensão de excelência. Somos responsáveis por 85% da pesquisa brasileira. Outra vez, se buscarmos apenas as 10 instituições mais importantes no quesito pesquisa e publicação científica, todas são públicas. A nossa Universidade é a 34ª do país.

Em uma escala de 1 a 5, a UFMT tem o conceito 4 na avaliação do Ministério da Educação (MEC). Buscamos atingir o 5. E falta pouco. O desafio esbarra na ausência de recursos financeiros para o apoio à pesquisa, à extensão e ao ensino de qualidade; para a conclusão de obras (salas de aula e laboratórios); para a aquisição e manutenção de equipamentos e, principalmente, para a contratação de pessoal. Faltam vagas de professores e técnicos. Embora pactuadas com o Governo Federal, as vagas não foram disponibilizadas para concurso público. Isso abrange os novos cursos de medicina, em Rondonópolis e Sinop e o Câmpus de Várzea Grande. Professores e servidores técnicos superam este cenário de restrição e atuam exaustivamente para cobrir falhas que não são de sua responsabilidade. A gestão pública precisa ultrapassar os mandatos, cumprir os compromissos assumidos, em todos os níveis, sob pena de recomeçarmos o país, o Estado e municípios e instituições públicas a cada 4 anos.

Apesar de o Brasil aplicar de cerca de 6% do seu Produto Interno Bruto em educação, segundo a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o valor por aluno ainda é baixo se comparado aos países desenvolvidos e em desenvolvimento. O último relatório da OCDE revela que o investimento per capita em todos os níveis de ensino ainda está muito aquém da média dos países estudados. Além disso, o pífio desenvolvimento da economia tem levado os investimentos em políticas educacionais à beira da bancarrota.  Na UFMT, a situação não é diferente, posto que há anos convivemos com inúmeras dificuldades financeiras impostas pelo Governo Federal.

Não é possível pensar em desenvolvimento econômico sustentável desatrelado do desenvolvimento social. Este deve ser capitaneado por políticas educacionais criteriosas, seguidas de perto por investimentos em ciências, tecnologias e inovações. Neste sentido, o ataque ao orçamento das universidades públicas brasileiras é uma agressão frontal a qualquer oportunidade de desenvolvimento do país. Desta forma, pedimos o apoio da comunidade universitária, da sociedade de Mato Grosso, dos parlamentares federais e estaduais para que a UFMT, um patrimônio da sociedade mato-grossense e brasileira, não seja precarizada. Tempos difíceis fazem os fortes! Fortalecemo-nos então.

Myrian Serra é reitora da Universidade Federal de Mato Grosso. 

 
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