Negociações salariais, luta coletiva e a realidade dos bancários do BRB
30/08/2024
O Sindicato promoveu nesta quarta-feira (28) uma plenária para discutir e informar os delegados sindicais sobre as negociações salariais entre a entidade e a diretoria do BRB, que têm sido um tema de grande preocupação e debate da categoria.
Entre os temas tratados durante a plenária, foi citada a última proposta da Fenaban, que inclui reajustes variáveis de acordo com as faixas salariais, e, por não atender a demandas dos trabalhadores, foi recusada em mesa. Os reajustes propostos são considerados insuficientes e desrespeitosos, não trazendo ganho real para a maioria dos bancários. A proposta inclui reajustes de 4% para salários até R$ 5.500,00 em setembro, 3,95% para salários entre R$ 5.593,00 e R$ 8.360,00 em setembro, e 100% do INPC para salários acima de R$ 8.360,00 em dezembro.
Além disso, há reajustes para auxílio refeição, alimentação e outras verbas apenas a partir do mês de novembro.
Considerando o debate dos presentes, a luta coletiva pode ser uma resposta à postura da diretoria do BRB, marcada por desvalorização dos trabalhadores, assédio e adoecimento. Os bancários têm enfrentado um ambiente de trabalho hostil, com pressão constante e falta de valorização. A união dos trabalhadores é vista como essencial para enfrentar esses desafios e barrar o assédio. A luta coletiva é apresentada como uma forma de resistência contra a lógica do “chicote no lombo” imposta pela diretoria do banco.
Os bancários estão adoecendo devido ao ambiente de trabalho e à pressão constante. A união e a luta coletiva são essenciais para enfrentar esses desafios e garantir melhores condições de trabalho e valorização dos trabalhadores em um Acordo Coletivo digno. A resistência coletiva é apresentada como uma forma de enfrentar a desvalorização e o assédio, buscando melhores condições de trabalho e respeito aos direitos dos bancários.
É necessário promover a união e resistência dos trabalhadores para enfrentar os desafios impostos pela diretoria do BRB e garantir melhores condições de trabalho e um Acordo Coletivo que valorize o bancário do BRB.
Posicionamento do BRB sobre as negociações: o que não é contado….
Em um recente comunicado publicado nas redes internas do banco, que carece de transparência, o BRB não conta que condiciona qualquer avanço à adesão a um pacote que deve ser assinado até sexta-feira, dia 30/08.
Dentro deste pacote, o BRB busca a assinatura de um acordo que, na prática, eliminaria o direito dos bancários de reivindicar horas extras referentes à sétima e oitava hora de trabalho. Além disso, “se esquece” de mencionar a exigência de que o Sindicato negocie previamente antes de iniciar qualquer ação coletiva contra as instituições.
Outro ponto controverso é uma cláusula que flexibiliza a segurança bancária, permitindo que agências operem sem porta giratória e vigilante, dentro de certos parâmetros. Este aspecto levanta preocupações significativas sobre a segurança tanto dos funcionários quanto dos clientes.
Por fim, o avanço no acordo de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) está atrelado à inclusão do termo “lucro recorrente” no acordo. Caso essa redação estivesse em vigor anteriormente, em 2021 e 2022, por exemplo, os trabalhadores teriam recebido benefícios ainda menores do que receberam.
Essas manobras do BRB nas negociações demonstram uma falta de compromisso com a transparência e o bem-estar dos trabalhadores bancários que busca colocar em xeque direitos trabalhistas fundamentais conquistados ao longo dos anos.
Da Redação
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