Direitos dos trabalhadores são alvos dos três poderes do Estado, aponta presidente da Fetec-CUT/CN
09/06/2025
Em análise de conjuntura na abertura no 14º Congresso dos Bancários de Rondônia, Rodrigo Britto adverte sobre a importância da escolha de candidatos nas eleições
Rodrigo Britto, presidente da Fetec-CUT/CN, em sua palestra no 14ª COBAN, fez uma vasta explanação sobre a conjuntura nacional e internacional, mas enfatizou que as pessoas devem estar atentas à questão de como cada poder do Estado (Executivo, Legislativo e Judiciário) interfere em suas vidas.
“Decisões que tomamos, em especial quando escolhemos nossos representantes políticos, nos afetam diretamente. No caso dos trabalhadores do ramo financeiro estamos sendo penalizados com uma precarização enorme nas condições de trabalho, fruto das iniciativas tomadas pela gestão do governo federal anterior, e também pelo Legislativo. Tanto antes como agora, somos constantemente alvos das iniciativas de parlamentares que buscam diminuir ou extinguir direitos conquistados com muita luta”, detalha Rodrigo.
Mas esses ataques, de acordo com o dirigente, têm partido também do Poder Judiciário, principalmente quando o Supremo Tribunal Federal (STF) tem recorrentemente interferido na competência da Justiça do Trabalho. “As instituições financeiras acabam se utilizando de peças jurídicas para levar decisões contrárias ao STF e, lá, como sabemos, como em todos os lugares, é um tribunal político. Ou seja, acabam cedendo à pressão e as decisões são tomadas de acordo com o interesse do mercado. Então a luta que teremos é impedir que tenhamos um retrocesso ainda maior nos direitos e, consequentemente, nos empregos, para a categoria bancária, em especial, será enorme”, acrescentou o dirigente.
“A luta no Judiciário se faz através do diálogo e apresentação de dados, no Legislativo já temos um projeto de lei de ultratividade trabalhista que iremos lançar no meio do ano, e tentar obter o máximo de celeridade a ele em todas as esferas do Congresso Nacional. E para isso é importante que os trabalhadores pressionem os parlamentares e, principalmente, que tenham muita atenção em quem votarão nas próximas eleições, tanto para o Legislativo quanto para o Executivo, pois não precisamos de mais retrocessos, mas sim possibilidades de avanços”, reforçou.
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